Classe de Filtragem

As classes de filtragem na ventilação são essenciais para garantir a qualidade do ar em diferentes ambientes, especialmente em indústrias, hospitais e edifícios comerciais. A imagem fornecida mostra uma tabela comparativa entre as classificações de filtros conforme diferentes normas e padrões de eficiência de filtragem. Aqui está um resumo das principais informações contidas nela:

Principais Normas de Filtragem

1. Classificação NBR 16101 (EN779 – 2012): Essa norma brasileira, baseada no padrão europeu EN779, classifica os filtros de acordo com a sua eficiência gravimétrica (capacidade de reter partículas maiores). As classes variam de G1 a G4 e de M5 a F9, sendo que:
   • G1 a G4 são filtros grossos, utilizados para partículas maiores, como poeira.
   • M5 a F9 são filtros mais finos, usados para retenção de partículas menores e mais sensíveis.


2. Classificação ASHRAE 52.1.1992: Este padrão americano define a eficiência dos filtros usando poeira sintética para determinar a capacidade de retenção de partículas. A eficiência gravimétrica é indicada em percentuais, com valores que variam de <65% a 90% ou mais.


3. Classificação ASHRAE 52.2: Esta classificação utiliza a métrica MERV (Minimum Efficiency Reporting Value), que avalia a capacidade do filtro de reter partículas em diferentes faixas de tamanho, incluindo partículas de 0,4 micrômetros. As classes MERV variam de 1 a 15, sendo que:
   • MERV1 a MERV4: Filtros básicos, ideais para ambientes com baixos requisitos de qualidade do ar.
   • MERV5 a MERV8: Filtros de média eficiência, comuns em sistemas de ventilação gerais.
   • MERV9 a MERV15: Filtros de alta eficiência, usados em ambientes com maior necessidade de controle de partículas, como hospitais e laboratórios.


4. Eurovent 4/9 Classe: A classificação Eurovent é utilizada principalmente na Europa para padronizar a qualidade dos filtros, com as classes variando de EU1 a EU9. Assim como as outras classificações, quanto maior a classe, maior a capacidade de retenção de partículas menores.

Eficiência dos Filtros

A tabela apresenta a eficiência dos filtros tanto de forma gravimétrica (baseada na capacidade de capturar partículas maiores de poeira sintética) quanto em termos de partículas muito pequenas, como as de 0,4 micrômetros. Isso é importante para definir o tipo de filtro adequado para cada aplicação:

• Filtros G1 a G4 (MERV1 a MERV8 / EU1 a EU4): Ideais para remoção de partículas maiores, como poeira e pólen. Usados em ambientes onde não há exigência de filtragem de partículas muito finas.
• Filtros M5 a F9 (MERV10 a MERV15 / EU5 a EU9): Recomendados para locais onde há a necessidade de um controle mais rigoroso de partículas no ar, como em indústrias, hospitais e ambientes de alta circulação de pessoas.

Importância da Escolha Correta

A escolha da classe de filtragem correta depende da aplicação e da qualidade do ar desejada no ambiente. Em ambientes industriais, por exemplo, pode ser necessário utilizar filtros de maior eficiência para garantir que partículas prejudiciais à saúde não sejam inaladas. Já em ambientes comerciais, como escritórios, um sistema de filtragem com MERV mais baixo pode ser suficiente, mantendo o equilíbrio entre a qualidade do ar e o consumo energético dos sistemas de ventilação.

Conclusão

A tabela de classificação de filtros fornece uma visão abrangente das diferentes normas e níveis de eficiência de filtragem, permitindo que os responsáveis por sistemas de ventilação e climatização façam a escolha adequada para cada situação. Compreender essas classificações é essencial para garantir ambientes mais saudáveis e seguros, preservando a saúde dos ocupantes e a integridade dos equipamentos.